O nódulo pulmonar é uma massa com até 3 centímetros de diâmetro que pode aparecer na forma de uma mancha branca nos exames de imagem de rotina, como raio x e tomografia. Apesar de provocar apreensão nos pacientes, em 90% dos casos, trata-se de um nódulo benigno, ou seja, não cancerígeno.
Sempre que esse resultado aparece em algum exame, é preciso uma avaliação médica mais minuciosa, já que também existe a possibilidade de ser uma neoplasia maligna, especialmente em pessoas que já fumam ou fumaram por muito tempo.
Nódulo pulmonar benigno
Pode ter origens diversas, como infecções pulmonares, cicatrizes de infecções anteriores, ou pode indicar a existência de tumor benigno, que normalmente não traz danos ao organismo.
O histórico do paciente e as características do nódulo são importantes para se detectar o tipo deste, o que pode demandar o acompanhamento por alguns meses. Se for pequeno, calcificado e não aumentar de tamanho com o tempo, há boas chances de não ser um câncer. Com essa confirmação, na maioria das vezes, não é preciso fazer nenhum tratamento ou cirurgia para removê-lo, mas, sim, um monitoramento.
Nódulo pulmonar maligno
Há indícios de câncer quando o nódulo é grande ou apresenta aumento de tamanho com o acompanhamento periódico. As margens irregulares também são um indicativo preocupante. Exames de imagem anteriores podem auxiliar o especialista a avaliar se houve uma evolução.
Quando existe a suspeita de câncer, o médico (cirurgião do tórax) pode sugerir uma biópsia, que é a retirada de parte do tecido para análise. Quando diagnosticado em fase de nódulo pulmonar, o câncer tem 70% de chances de cura por meio de cirurgia.
Dentre os fatores de risco, estão tabagismo, histórico de câncer ou doença autoimune, exposição a substâncias como amianto, cloreto de vinila e radônio, idade avançada e antecedentes de câncer na pessoa, que podem sinalizar uma metástase.
Diagnóstico
Além da tomografia computadorizada, existem outros exames que podem melhorar a precisão do diagnóstico de tumor maligno, como o PET-CT (uma tomografia de corpo inteiro direcionada para câncer), ou por meio de biópsia, como a broncoscopia ou a punção guiada por tomografia ou ultrassom.
A videotoracoscopia é uma técnica minimamente invasiva que permite coletar uma amostra maior por meio de uma pequena incisão na região lateral do tórax. Esse procedimento pode ser realizado inclusive com a cirurgia robótica.
Tratamento
Fatores como o tamanho e o estágio do câncer e as condições de saúde do paciente vão determinar o tratamento a ser seguido. De maneira geral, os principais recursos são cirurgia, quimioterapia e radioterapia, podendo ainda serem combinadas as 3 soluções.
Os procedimentos cirúrgicos adotados nesse caso podem ser a segmentectomia, utilizada para a remoção de tumores pequenos, a lobectomia, para a retirada de um lobo do pulmão, ou a pneumonectomia, que é a ressecção de um pulmão inteiro.
Como em todos os casos de câncer, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, maior a chance de cura. E, no caso do pulmão, quanto menor o comprometimento do órgão, maior é a qualidade de vida do paciente, especialmente após o procedimento cirúrgico. Por isso, assim que o nódulo pulmonar é identificado em exames de imagem, deve ser investigado.
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