Derrame na pleura

Tratamento para derrame na pleura

O derrame pleural é o acúmulo excessivo de líquido no espaço pleural, que fica entre o pulmão e a membrana interna que recobre a parede do tórax. Esse acúmulo dificulta o trabalho do pulmão e, dessa forma, a respiração é gravemente afetada. Na ocorrência do problema, é preciso fazer tratamento para retirar o excesso de líquido.

As causas podem ser problemas cardiovasculares, respiratórios, autoimunes ou câncer. Um exemplo é o Lúpus, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, tais como pele, articulações, rins e cérebro.

O derrame acontece quando a quantidade de líquido no espaço pleural é afetada, desequilibrando-se a produção e a absorção, o que gera acúmulo excessivo desse líquido. A grande quantidade de líquido aumenta a pressão sobre o pulmão, o que dificulta a respiração. Manifestam-se, então, sintomas como dor no peito e sensação de falta de ar.

Causas

As causas se relacionam com a inflamação dos tecidos do pulmão ou da pleura, que podem ser:

  • pneumonia;
  • tuberculose;
  • câncer no pulmão;
  • artrite reumatoide;
  • lúpus;
  • insuficiência cardíaca congestiva;
  • embolia pulmonar;
  • atelectasia;
  • hipoalbuminemia;
  • diálise peritoneal;
  • cirrose hepática;
  • síndrome nefrótica;
  • glomerulonefrite;
  • neoplasia.

Sintomas

  • Dificuldade para respirar;
  • sensação de falta de ar;
  • dor no peito, que piora ao inspirar fundo;
  • febre acima de 37,5ºC;
  • tosse seca e persistente.

Tratamento

Esses sintomas não aparecem com pequenos derrames pleurais. Podem, ainda, ser confundidos com sintomas de insuficiência cardíaca ou pneumonia. Para comprovar, é preciso consultar um médico e fazer  um raio-x para avaliar o quadro clínico. Quando os casos são intensos, ocorre dor forte e falta de ar.

Após uma avaliação clínica, quando necessário, o cirurgião torácico realiza drenagem do líquido com uma seringa e agulha que atravessa a parede torácica e chega até o espaço cheio de líquido, que, enfim, será removido e enviado para exames de laboratório, isso é chamado de toracocentese ou punção pleural.

Algumas vezes, dependendo dos motivos, existe uma grande chance de o derrame pleural voltar após algumas semanas. Assim, é crucial identificar as causas e tratá-las para que o derrame não retorne.

Outra forma de tratar o derrame pleural é com a drenagem torácica ou toracostomia. Consiste em colocar um dreno (tubo plástico) dentro do tórax do paciente para evacuar o liquido de forma contínua. Normalmente é utilizado para derrames mais graves e de díficil tratamento, e exige que o o paciente permaneça no hospital enquanto o dreno estiver sendo utilizado.

Alguns casos, dependendo da avaliação do cirurgião torácico, podem se beneficiar de cirurgia. Nela, sob anestesia geral, é introduzida uma câmera dentro do tórax, e com auxílio de pinças e possível aspirar todo o liquido e realizar biópsias para ajudar a descobrir a causa do derrame. É chamada de videotoracoscopia ou pleuroscopia. Outra vantagem da cirurgia é poder realizar um tratamento que pode impedir o retorno do líquido ao fazer o pulmão aderir na parede interna do tórax, assim não haverá mais espaço para acúmulo. Isso é chamado de pleurodese.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como cirurgiões torácicos em Belo Horizonte!

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