O distúrbio de peito escavado, ou também conhecido como peito de sapateiro e pectus excavatum, é um problema que acompanha o paciente desde o nascimento. Porém, apenas durante a adolescência é que se torna mais presente e severo.
Já ouviu falar do distúrbio? Não? Então, conheça agora tudo o que você precisa saber sobre o pectus excavatum.
O que é peito escavado?
O peito de sapateiro, como é conhecido, é uma deformidade na região torácica. Ocorre quando o osso esterno do tórax é afundado e, em casos mais graves, parece um buraco escavado no peito.
A má formação não afeta apenas o esterno, mas também as cartilagens costais inferiores e a extremidade anterior das costelas, na região próxima à articulação.
Quais são as causas e sintomas deste distúrbio?
Trata-se de uma condição congênita, ou seja, está destinada a ocorrer desde o nascimento, sem uma causa ou fator específico para que aconteça. A deformidade acontece em função do crescimento exagerado das cartilagens costais, que desloca o osso esterno e causa o afundamento do peito.
Além disso, os homens têm maior predisposição para nascerem com o peito escavado. O histórico familiar também é um forte fator de risco da doença. O sintoma mais evidente é o afundamento na região torácica, mas outros aspectos são considerados para que o médico possa identificar corretamente o quadro do paciente.
As informações mais relevantes estão relacionadas ao histórico familiar e ao momento em que o afundamento foi percebido.
Como é o tratamento?
Com base nas informações fornecidas pelo paciente, o profissional conseguirá avaliar a gravidade do caso e o melhor tratamento a ser realizado. O principal tratamento para sanar o problema é a intervenção cirúrgica, mas a evolução da medicina permitiu que a deformação possa ser tratada de forma não invasiva.
Em crianças, a cirurgia não é recomendada em razão da grande possibilidade de reincidência do problema. Assim, é preparado um plano de exercícios combinados com a possível aplicação de coletes.
Em adolescentes e adultos, a principal indicação é a cirurgia de recolocação dos ossos. O procedimento será mais invasivo, de acordo com o nível de gravidade do caso. Na cirurgia aberta, ou de Ravitch, é realizado um corte horizontal no peito com o objetivo de retirar o excesso da cartilagem, que conecta as costelas ao esterno. Dessa forma, o osso retorna à sua posição correta.
A operação menos invasiva, ou de Nuss, consiste em realizar dois cortes na axila para inserção de uma barra de metal. Com isso, é possível empurrar o esterno até o local correto.
Mesmo com a aplicação de anestesia, o procedimento é doloroso e, por isso, o paciente submetido à cirurgia para correção do peito escavado precisa ficar internado por alguns dias para controlar esse sintoma.
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