A fístula brônquica é considerada uma complicação muito incomum, até mesmo em locais e instituições com foco no atendimento de pneumologia e cirurgia toracica.
Em boa parte das situações, a fístula brônquica é identificada após uma ou duas semanas de realizada a cirurgia pulmonar. Entretanto, ela pode ocorrer mesmo depois de um período maior — um mês, por exemplo.
Quais são os tipos de fístula brônquica?
A apresentação clínica de uma fístula brônquica pode ocorrer de três formas distintas: aguda, subaguda e crônica. Acompanhe.Aguda
Ocorre especialmente devido a asfixia por inundação pulmonar ou pneumotórax tensionado. Caso surja nos primeiros cinco dias após a cirurgia, a causa pode ser algo secundário à falha do fechamento do coto. Clinicamente, ela costuma se apresentar como enfisema subcutâneo, hipotensão, dispneia, deslocamento de traqueia, vazamento de ar persistente e expectoração de material líquido.Subaguda e crônica
Considerando aspectos fundamentais, como pacientes debilitados com comorbidades, imunocomprometidos e vulneráveis a infecção, temos o tipo subagudo que se caracteriza clinicamente com tosse, febre e mal-estar. O tipo crônico pode levar o paciente a desenvolver fibrose do mediastino e do espaço pleural como consequência do processo de infecção.Quais são as causas?
Há uma série de condições verificadas pela medicina que se constituem objeto causador desse problema. Algumas delas incluem:- Cirurgia pulmonar, pois a ressecção de pulmão, de longe, é a causa mais comum de uma fístula brônquica. As chances são maiores de que ela ocorra após uma pneumonectomia, procedimento por meio do qual é feita a remoção completa do pulmão. Também pode acontecer após uma lobectomia, que consiste na remoção de um lobo do órgão. Além disso, é mais recorrente em pacientes que realizam uma cirurgia do lado direito do pulmão.
- Infecções, principalmente os tipos de pneumonia que levam a uma necrose pulmonar.
- Pneumotórax espontâneo persistente.
- Radioterapia ou quimioterapia para tratamento de câncer de pulmão. Tratamentos que envolvem danos às células e interferem na cicatrização podem contribuir para a formação de fístula.
- Tuberculose.