Fístula brônquica

O que é a Fístula brônquica?

Quando existe uma comunicação ou passagem anormal entre um brônquio e alguma outra parte do corpo, denominamos de Fístula brônquica. É uma condição que é categorizada como grave na maioria dos casos, uma vez que existe a possibilidade de que secreções purulentas, sangue e até alimentos sejam aspirados para o interior do pulmão, fazendo com que a pessoa possa desenvolver um quadro de pneumonia. A seguir, vamos entender melhor os principais aspectos desse problema. Acompanhe!

Principais causas de fístula brônquica

A fístula brônquica pode surgir como resultado de uma série de condições. Dentre elas:
  • Ressecção pulmonar para câncer de pulmão;
  • Infecções, especialmente aquelas relacionadas a algumas categorias de pneumonia que provocaram a deterioração do tecido levando a necrose pulmonar;
  • Radioterapia ou quimioterapia para tratar o câncer de pulmão — na realidade, seja qual for o tratamento, se ele provocar danos às células e uma posterior cicatrização na área da borda pleural pode haver formação de uma fístula;
  • Pneumotórax e Tuberculose.

Como é feito o diagnóstico?

Em boa parte dos casos de fístula brônquica, a suspeita surge com achados radiológicos. Para o diagnóstico mais específico da condição, a tomografia computadorizada costuma ser o método mais escolhido, pois permite uma percepção mais detalhada. Também pode partir de uma suspeita clínica por observação de vazamento de ar. Não raro, isso é observado quando existe a impossibilidade de se remover um dreno torácico após a realização de uma cirurgia no pulmão em decorrência de um vazamento de ar persistente.

Quais os tipos conhecidos de fístula brônquica?

Na medicina, a verificação clínica da fístula brônquica é dividida de três maneiras distintas: a crônica, aguda e subaguda. Veja mais detalhes a seguir:

Tipo crônico

A fístula do tipo crônico pode fazer com que o paciente desenvolva um quadro de fibrose do mediastino e do espaço pleural. Tal problema surge como uma consequência de um intenso processo de infecção.

Tipo agudo

Esse tipo costuma ocorrer, principalmente, quando há um quadro de pneumotórax tensionado ou asfixia por inundação pulmonar. Também existem outras situações como, por exemplo, quando surge na primeira semana após a realização da cirurgia. Nesse caso, pode haver algum evento secundário relativo a problemas no fechamento do coto.

Tipo subagudo

Os casos clínicos tendem a se manifestar como um deslocamento de traqueia, dispneia, hipotensão, enfisema subcutâneo, expectoração de material líquido e ar persistente. O manejo da fístula brônquica exige um acompanhamento rigoroso e prolongado no hospital. Entretanto, em um primeiro momento, o foco do médico é lidar com aspectos que possam colocar a pessoa em condições de risco de vida, a exemplo de quadros complicados que levam a uma insuficiência respiratória. Além disso, existem diversos outros fatores que são considerados pelo médico para que ele possa definir a melhor e mais segura abordagem em relação ao paciente. Por exemplo:
  • A condição médica apresentada pelo indivíduo;
  • Quando a fístula começou/foi diagnosticada;
  • O tamanho e a localização da fístula.
Hoje, a medicina conta com bons recursos para lidar com a fístula brônquica. Mas é muito importante haver empenho e cooperação do paciente e de seus familiares em seguir as observações do médico responsável. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia torácica em Belo Horizonte!

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