Muitos pacientes, ao receberem um diagnóstico que aponte um nódulo pulmonar, logo o associam ao câncer de pulmão. Porém, na grande maioria das vezes (cerca de 90% dos casos), esses nódulos são benignos.
Eles podem ter origens diversas, mas normalmente são oriundos de infecções pulmonares ou cicatrizes de infecções antigas, como a tuberculose, por exemplo.
Quando são malignos, estão relacionados ao histórico do paciente (se tem antecedentes de familiares próximos de câncer de pulmão ou se é fumante).
É necessário observar também suas particularidades, como tamanho, bordas irregulares e se evolui com o passar do tempo.
Aproximadamente 25% dos pacientes que recorrem a tomografia computadorizada para descartar possíveis problemas antes de iniciar um tratamento clínico, cirúrgico ou simplesmente para um check-up de rotina, acabam descobrindo a existência de um nódulo no pulmão.
Apesar da possibilidade do nódulo ser maligno ser muito pequena, estatisticamente falando é muito importante que o paciente consulte um médico pneumologista para averiguar o caso.
Nódulo pulmonar não calcificado
O nódulo não calcificado é uma lesão com mais de 0,3 mm, podendo chegar a 3,0 cm, pois o tamanho de um nódulo possui essa variação e deve estar especificado no laudo médico.
Quando o nódulo não está calcificado, significa que ele não é somente uma cicatriz, que poderia ter sua origem devido a alguma doença curada ou a algum tipo de inflamação ou infecção contida em um determinado local do pulmão.
Existem protocolos que os pneumologistas seguem para somente acompanhar esse tipo de lesão e, se houver necessidade, fazer algum tipo de intervenção.
Quais as causas do nódulo no pulmão?
As causas do nódulo no pulmão podem variar conforme o seu tipo:
Nódulo benigno
Normalmente é resultado de cicatrizes no pulmão ocasionadas por algum tipo de infecção anterior, como tuberculose ou pneumonia, por exemplo.
Nódulo maligno
Evidenciam as mesmas causas do câncer de pulmão e, por esse motivo, pessoas expostas com uma certa frequência a elementos químicos perigosos — como amianto, berílio ou arsênico, por exemplo, assim como os fumantes — são mais propícios a desenvolverem esse tipo de nódulo.
Ademais, o nódulo maligno pode ser causado também por um câncer localizado em outro lugar do corpo, como intestino ou estômago, podendo haver necessidade de realizar outros exames, como endoscopia ou colonoscopia, quando há suspeita de câncer nesses órgãos.
Como é realizado o tratamento do nódulo pulmonar?
O tratamento vai variar conforme o tipo, sendo que, no caso do nódulo benigno, geralmente não há recomendação de nenhum tipo de tratamento — apenas é realizada uma avaliação contínua com um raio X por ano, ou a cada 2 anos, para garantir que o nódulo não altere suas particularidades e nem aumente de tamanho.
Já se o nódulo for maligno, o pneumologista normalmente aconselha a realização de uma pequena intervenção cirúrgica para retirar um pedaço do nódulo para análise em laboratório.
Se, após essa análise, for confirmada a presença de células cancerígenas, geralmente é necessário realizar uma intervenção cirúrgica maior.
Se o nódulo pulmonar for pequeno, ele pode apenas ser removido. Porém, se for maior, pode ser preciso retirar uma parte do pulmão.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia torácica em Belo Horizonte!