O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer no Brasil e, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 31 mil casos desse tipo de câncer e o devem ser diagnosticados somente em 2019 no país.
Essa neoplasia maligna se dá pelo crescimento desordenado de células com características diferentes daquelas que a originaram. O principal fator de risco é o tabagismo, hábito que é relacionado a mais de 90% dos casos. Inalação de substâncias químicas (asbesto, radônio, amianto e arsênio) ou de poeira e poluição, fatores genéticos, fumo passivo e doenças como a tuberculose ou histórico de câncer em outra região do corpo também podem predispor o indivíduo à doença.
Sintomas do câncer de pulmão
Em fase inicial, esse câncer não apresenta sintomas, e, quando eles aparecem, acabam sendo confundidos com outros problemas de saúde. Isso significa que, quando o paciente percebe algum problema, já pode estar em um estágio avançado. Os sinais mais comuns são tosse seca, dificuldade para respirar, falta de ar, perda de peso, dor no tórax e nas costas, cansaço, catarro com sangue, redução do apetite, rouquidão.
Diagnóstico
O relato do paciente e a análise clínica são o primeiro passo que, combinados a exames, vão possibilitar uma avaliação médica mais precisa. Diversos exames podem ser solicitados e permitem saber o tamanho e o tipo do tumor. A investigação geralmente começa com uma radiografia torácica ou uma tomografia computadorizada do tórax. O especialista pode solicitar outros testes complementares, como broncoscopia, cintilografia óssea, estudos citológicos de fluido pleural, biópsia pulmonar com agulha ou cirúrgica.
Tratamento
Após a confirmação do câncer de pulmão, a identificação do tipo, o estágio e a avaliação geral das condições de saúde do paciente, o médico analisa a melhor conduta terapêutica, que pode ser quimioterapia, radioterapia, cirurgia ou mesmo uma combinação dessas alternativas. A cirurgia é o recurso quando o tumor está em fase inicial e o paciente tem boas condições de saúde. Infelizmente, em média, ela é possível em apenas 20% dos casos em virtude do diagnóstico tardio.
Quimioterapia: pode ser realizada como tratamento principal, quando o câncer já está em fase avançada ou quando os pacientes não podem se submeter à cirurgia. Outra finalidade é a de tratamento complementar, para reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou destruir células cancerígenas remanescentes da operação, por exemplo.
Radioterapia: é uma solução para pacientes que não podem ser operados, seja porque a saúde geral está debilitada seja por a localização do tumor inviabilizar o procedimento cirúrgico, com risco a outros órgãos importantes, como o coração. Também pode ser adotada antes ou depois da cirurgia ou associada à quimioterapia para combater o tumor e evitar o desenvolvimento dele.
Lobectomia pulmonar por vídeo: é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que possibilita a remoção de uma parte do pulmão, o lobo. Associa-se no procedimento a retirada dos linfonodos mediastinais com a intenção de eliminar todas as células cancerosas. Essa é a melhor e mais eficaz técnica para o tratamento do câncer de pulmão, e pode também ser realizada por cirurgia robótica.
Pneumectomia: procedimento para a retirada do pulmão inteiro. As indicações são muito específicas, já que poucos pacientes têm tolerância a essa intervenção e a falta de um pulmão reduz pela metade a capacidade respiratória. Normalmente é uma alternativa quando o câncer de pulmão está localizado no meio do pulmão (atingindo mais de um lobo) ou quando boa parte do brônquio, da artéria ou das veias pulmonares está comprometida em função do tumor.
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