O peito escavado, também chamado de peito de sapateiro, é uma malformação na região torácica. Ocorre quando as cartilagens do tórax crescem demais e provocam o afundamento do esterno entre as costelas, deixando uma cavidade. Para resolver esse problema, existe a cirurgia de pectus excavatum (nome científico do problema).
Embora não proporcione riscos à saúde, a condição pode levar o indivíduo a ter baixa autoestima. O peito escavado é quatro vezes mais comum nos homens e começa a se manifestar no pico de desenvolvimento do corpo (8 aos 14 anos).
Neste post, você saberá tudo o que precisa sobre a cirurgia de pectus excavatum, a única forma de corrigir definitivamente o problema.
Quais são as consequências físicas?
Indivíduos com essa malformação costumam ser altos, magros e ter a postura curvada.
Embora o peito escavado não represente riscos à saúde, algumas vezes o pacientes podem relatar que se cansam mais facilmente em atividades físicas e apresentam comprometimento no trabalho pulmonar.
Quais são as indicações para a cirurgia de pectus excavatum?
Um candidato apto à cirurgia de pectus excavatum deve ter:
- baixa autoestima ou alterações psicológicas causadas pelo peito escavado;
- pelo menos, 12 anos de idade;
- dificuldade para praticar atividades físicas;
- problemas de qualidade de vida;
Quais são os tipos de cirurgia?
Existem duas opções de cirurgia de pectus excavatum:
Esternocondroplastia
É a cirurgia convencional. Nela, é feita uma ressecção (retirada parcial) das cartilagens que cresceram em demasia e a dissecção cirúrgica do esterno para a correção da sua curvatura. Para manter o osso na nova posição, o cirurgião pode optar pela colocação de polipropileno abaixo do esterno ou barras retroesternais.
A incisão é feita usando técnicas de cirurgia plástica. Ela costuma ser transversal (12cm), na linha abaixo da mama (mulheres) ou do músculo peitoral (homens).
Como a cirurgia corrige toda a curvatura da caixa torácica, traz excelentes resultados estéticos. Não oferece grandes riscos porque é feita sem adentrar a cavidade, apenas no nível superficial do tórax.
Cirurgia de Nuss
É um procedimento cirúrgico minimamente invasivo. Nela, o cirurgião coloca uma barra na caixa torácica. Enquanto essa barra é girada, vai reposicionando o esterno até corrigir a deformidade.
O objeto, curvo e moldado conforme a deformidade de cada indivíduo, fica no corpo de um a três anos. Seu posicionamento correto é garantido pelos estabilizadores metálicos subcutâneos em cada extremidade.
Com qual idade deve-se procurar tratamento?
Como ocorre com qualquer patologia, quanto mais rápida for a ajuda médica, melhor. O ideal é que o tratamento ocorra próximo aos 14 anos, após o ápice do desenvolvimento corporal, quando o problema começa a se manifestar. Na adolescência, também é comum o uso de ventosa (vacuum bell).
Caso haja necessidade da cirurgia de pectus excavatum, ela deve entre os 12 e os 18 anos. Antes dessa faixa etária, o tratamento será constituído de correção postural e exercícios.
Como é o pós-operatório?
Nas primeiras 24h, repouso absoluto. . No entanto, durante esse tempo, os membros inferiores e superiores devem ser movimentados, para facilitar a circulação sanguínea.
A partir do segundo dia, fique fora da cama o máximo de tempo que puder. Faça 10 respirações profundas a cada duas horas. As únicas medicações utilizadas são sintomáticos para controle de dor e náuseas.
Atividades físicas intensas como natação, musculação ou esportes de contato poderão ser iniciadas ou retomadas após dois meses.
Quando a crosta da cicatriz começar a cair, passe uma fina camada de pomada duas vezes ao dia durante 3 meses. A cicatriz também não pode pegar sol por, pelo menos, 6 meses. Assim, abuse do protetor solar fator 50 ou mais.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como cirurgiões torácicos em Belo Horizonte!