A busca por procedimentos cirúrgicos mais seguros, aliada às inovações tecnológicas, trouxe grandes transformações para a medicina, entre elas a cirurgia robótica.
No Brasil, seu uso ainda é limitado e está restrito a alguns renomados hospitais do país. Isso ocorre pelo alto custo na aquisição dos robôs.
Nessa nova fase da medicina, além da inata habilidade do médico, é preciso que ele se qualifique para operar e interpretar os resultados do aparelho.
Como surgiu e como funciona a cirurgia robótica?
O robô Da Vinci, principal plataforma em uso para cirurgia robótica, foi o primeiro a auxiliar em operações cirúrgicas, inicialmente na Califórnia, há mais de uma década. No Brasil, o procedimento robótico foi realizado no ano de 2008, em São Paulo. Atualmente, estima-se que os robôs já tenham realizados mais de 17 mil cirurgias no país, principalmente nas áreas da urologia, cirurgia geral, ginecologia e cirurgia torácica. A cirurgia robótica permite que os procedimentos sejam minimamente invasivos, utilizando câmeras de alta definição e braços do robô com alta precisão para os instrumentos cirúrgicos. É importante destacar que o robô não opera sozinho. Qualquer que seja o movimento do aparelho, deve ser executado por um cirurgião responsável, a partir de um console de controle. Além disso, o procedimento robótico possui alguns mecanismos de segurança extra, que atuam para conter falhas imprevistas.Quais as vantagens da cirurgia robótica?
Se comparado com a cirurgia comum, este tipo de cirurgia apresenta inúmeras vantagens. Dentre elas, é possível destacar:- Rápida recuperação do paciente, proporcionada pela redução do trauma cirúrgico relacionado à redução dos danos nos tecidos.
- Diminuição da dor no pós operatório durante internação e após a alta;
- Menor tempo de internação;
- Imagem em alta definição ampliada de 10 a 15 vezes com visualização 3D;
- Visualização dos tecidos com alto grau de detalhamento;
- Alta precisão e ausência de tremor, promovendo menos danos cirúrgicos às estruturas, como vasos e nervos. Além de tornar o procedimento mais seguro e com riscos reduzidos;
- Ergonomia favorável ao cirurgião;
- Procedimentos cirúrgicos feitos por pequenas incisões, como, por exemplo, de 8 a 12 milímetros, contribuindo para uma recuperação mais rápida, além de ser mais vantajoso esteticamente;
- Perda de sangue reduzidos, diminuindo assim as chances de transfusão sanguínea;
- Menor risco de infecção;
- Facilidade de acesso a diversas estruturas do corpo, além de maior visão da área;
- Amplitude dos movimentos que simulam a mão humana.