Quando surge qualquer informação inesperada em exames de rotina como uma tomografia ou radiografia do tórax, por exemplo, a maioria dos pacientes perde o sono. Ainda mais quando se trata de um nódulo no pulmão.
Dentre os pacientes que realizam esses exames, seja de rotina ou para descartar possíveis condições antes de começar um tratamento, cerca de 25% deles descobrem a presença de nódulos em seus pulmões.
Vale ressaltar, que o diagnóstico de nódulos pulmonares não é o mesmo que câncer, dado que em grande parte dos casos, esses nódulos são benignos, e por esse motivo, não colocam a vida do paciente em risco, principalmente quando o seu tamanho é inferior a 30 mm.
Entretanto, em alguns casos mais atípicos, o aparecimento de um nódulo pode ser sim um sinal prematuro de câncer no pulmão ou em outra parte do corpo.
Sendo assim, é de suma importância manter sempre uma avaliação frequente com exames de imagem para analisar as mudanças de forma e crescimento, e se necessário for iniciar o tratamento o mais breve possível.
O câncer de pulmão manifesta-se em somente 5% dos casos de nódulo, sendo mais frequente em pessoas com histórico de câncer na família, fumantes e idosos.
Isso quer dizer que uma pessoa jovem e não fumante que possui um nódulo pequeno no pulmão tem um risco quase zero de ter câncer de pulmão, visto que mesmo em idosos, que possuem nódulos maiores e fumantes, as possibilidades de desenvolver a doença a partir desses nódulos são pequenas.
Como é feito o tratamento de um nódulo no pulmão?
O tratamento é feito conforme o tipo, sendo que quando o nódulo for benigno, geralmente não é recomendado nenhum tratamento, sendo necessário somente uma avaliação constante com um raio X por ano, para se certificar que o nódulo não evoluiu de tamanho e nem mudou seu aspecto.
Já no caso da possibilidade de o nódulo no pulmão ser maligno, normalmente o médico pneumologista sugere a realização de uma pequena cirurgia que consiste na retirada de um pedaço do nódulo para ser analisada em laboratório, a fim de confirmar a presença de células cancerosas.
Caso se confirme, geralmente é necessário a realização de uma cirurgia mais complexa. Se o nódulo for pequeno, somente ele pode ser removido, porém, se for maior, pode ser preciso retirar um pedaço do pulmão.
Como é feita a retirada de um nódulo pulmonar?
A cirurgia é feita com o objetivo de retirar o tumor e os gânglios linfáticos que foram atingidos pelo câncer, com o intuito de impedir que as células cancerosas se propaguem para outras partes do corpo.
Conforme as particularidades do câncer, os cirurgiões podem realizar algumas cirurgias para tratar o câncer de pulmão. São elas:
Lobectomia
Consiste na retirada de um lobo inteiro do pulmão, sendo a cirurgia mais indicada para o câncer de pulmão, mesmo no caso de tumores menores.
Pneumectomia
É feita quando há necessidade de remoção total do pulmão, sendo indicada quando o tumor é grande e está próximo ao centro.
Segmentectomia
Consiste na remoção de uma pequena parte do lobo pulmonar que foi acometido pelo câncer. É indicada para pacientes que estão com a saúde fragilizada ou que possuem tumores pequenos.
Ressecção sleeve
Não é uma cirurgia muito comum. Ela é feita para remover o tumor que atinge a região dos brônquios (tubos que levam o ar para os pulmões).
Normalmente, as cirurgias são feitas por meio da abertura do tórax (toracotomia), porém, também podem ser realizadas com auxílio de vídeo (cirurgia torácica videoassistida).
Por ser menos invasiva, a cirurgia por vídeo tem um tempo de recuperação menor, além de provocar menos dor do que a cirurgia aberta no pós-operatório.
Entretanto, ela não é indicada para todos os nódulos no pulmão cancerígeno.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia torácica em Belo Horizonte!