A biópsia pulmonar percutânea é um procedimento indicado para estabelecer o diagnóstico de um nódulo detectado na região dos pulmões.
É frequentemente utilizada para esclarecer a natureza benigna ou maligna de algum nódulo pulmonar, mas pode ser indicada também em alguns processos infecciosos ou inflamatórios, com o intuito de revelar qual o agente infeccioso específico – e assim orientar o tratamento correto.
Este procedimento é realizado com uma agulha especial, utilizando tomografia como um guia para localizar a lesão a ser biopsiada e orientar o trajeto mais seguro da agulha.
Normalmente, este método de diagnóstico é escolhido para lesões localizadas na periferia dos pulmões, ou seja, mais próximas à parede interna do tórax. Mas, em casos selecionados e com profissionais bem treinados, também pode ser realizada para lesões mais centrais.
Salvo algumas situações excepcionais, não há necessidade de internação, sendo realizado em regime ambulatorial.
De uma forma geral, o procedimento pode ser realizado com anestesia local, sedação ou, em ocasiões muito raras, sob anestesia geral. Ele dura aproximadamente entre 30 minutos e 1 hora, a depender da complexidade de cada situação.
Após o procedimento, haverá um período de observação clínica de cerca de 2 – 4 horas em ambiente hospitalar, dedicado e confortável, onde permanecerá com seu acompanhante, antes da alta para casa.
As complicações mais comuns são:
- Pneumotorax: acúmulo de ar entre o pulmão e a parede torácica. Ocorre em até um quarto dos casos, mas rotineiramente não tem nenhuma repercussão para o paciente, sendo tratado apenas com observação. A drenagem do ar é necessária em menos de 5 % dos casos.
- Hemoptise: se trata da tosse com sangue em consequência de algum sangramento causado pela agulha. Ocorre em menos de 2% dos casos e quase sempre é tratada apenas com mudanças de posição, oxigênio nasal e observação.
Biópsias percutâneas constituem procedimento indispensável na prática da oncologia torácica. Através deste procedimento, problemas diagnósticos podem ser rapidamente resolvidos nos departamentos de radiologia e patologia, evitando procedimentos mais invasivos na maioria das vezes. O aperfeiçoamento das técnicas de imagem, das agulhas e da experiência dos operadores tornou este procedimento mais versátil, seguro e acurado, expandindo progressivamente as suas indicações.
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