Conheça a doença “Miastenia Gravis”

Você já ouviu falar na doença Miastenia Gravis?

A Miastenia Gravis é uma doença autoimune, ou seja, quando o sistema imunológico do próprio paciente ataca células saudáveis por engano. No caso da Miastenia Gravis, o corpo produz anticorpos que provocam uma alteração na comunicação da célula nervosa e músculos.

Em pessoas acometidas pela doença, o sistema imunológico produz alguns anticorpos que atacam as conexões entre os nervos e músculos, levando a distúrbios na transmissão do impulso nervoso na junção entre essas estruturas, promovendo um quadro de fraqueza muscular flutuante e fadiga muscular. Há também formas congênitas de miastenia, adquiridas por herança genética (no nascimento).

Sintomas

Os sintomas da Miastenia Gravis variam entre casos leves a mais severos. Com base nos sintomas apresentados pela pessoa, a miastenia gravis pode ser classificada em:

Miastenia gravis generalizada – diversas regiões do corpo são afetadas. A sensação de fraqueza muscular e cansaço tendem a aumentar consideravelmente durante a movimentação do corpo. Também é comum que os sintomas melhorem ao final do dia, quando a pessoa está em repouso.

Miastenia gravis ocular – afeta prioritariamente os músculos em volta dos olhos, enfraquecendo o movimento das pálpebras, que permanecem mais fechadas do que abertas. Mais da metade dos pacientes apresentam sintomas oculares.

Entre os mais sintomas comuns, são:

Diagnóstico

Dentro do diagnóstico, pode ser indicada a realização de tomografia computadorizada do tórax. Ela é realizada para investigar se há alterações no timo (que é uma glândula localizada no mediastino, encontrada na região central do tórax). Essa glândula faz parte do sistema imunológico e, em alguns pacientes, pode ser detectada a presença de um tumor denominado timoma. O timoma é encontrado em 10-15% dos pacientes com Miastenia. 

Também é comum a realização de exames para descartar outras condições que apresenta manifestações semelhantes à miastenia, como esclerose lateral amiotrófica (ELA), lesões intracranianas e no tronco encefálico e distrofia oculofaríngea.

A Miastenia Gravis não tem cura, porém existe tratamento. O paciente diagnosticado pode levar uma vida praticamente normal com o uso de medicamentos. Em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica, especialmente na descoberta de um timoma associado a miastenia ou casos pouco responsivos ao tratamento medicamentosos.

Tratamento

Entre os principais tratamentos estão:

• Uso de medicamentos – imunossupressores, como corticosteróides, que ajudam a reduzir a inflamação e a produção de anticorpos. Também podem ser utilizados a utilização de inibidores da colinesterase (anticolinesterase) que provocam o aumento de sinais entre os nervos e os músculos, o que ajuda a diminuir também a fadiga.

• Anticorpos monoclonais – o procedimento envolve infusões intravenosas de proteínas biologicamente modificadas, para suprimir o sistema imunológico hiperativo, ou seja, o aumento da produção de anticorpos.

• Imunoglobulina intravenosa – nesse procedimento, o paciente é submetido a infusões de anticorpos (de um doador) pelo período de dois a cinco dias. Esse procedimento é indicado nos casos de crise miastênica, ou seja, quando há uma piora repetina dos sintomas.

• Troca de plasma (plasmaférese) – o procedimento consiste na remoção dos anticorpos anormais do sangue.

• Cirurgia no timo – consiste na remoção da glândula do timo. Mesmo na ausência de problemas na glândula, os sintomas de miastenia costumam ter uma melhora dos sintomas com a cirurgia.

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