doenças pulmonares

Doenças pulmonares: o que são e como preveni-las

Doenças pulmonares são todas as condições que impedem o funcionamento normal dos pulmões, podendo afetar as vias aéreas superiores (cavidade nasal, seios da face, faringe, laringe, cordas vocais e glote) e as vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares). 

Elas podem ocorrer nas vias respiratórias por estreitamento ou bloqueio, comprometendo o transporte de oxigênio. As mais conhecidas desse tipo são a asma, a bronquite e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Também existe uma série de doenças que ocorre pela inflamação do tecido pulmonar, impedindo o movimento natural deste e, consequentemente, dificultando a troca de gases com o meio ambiente. Exemplos dessas enfermidades são a fibrose e sarcoidose. Outras doenças afetam os vasos sanguíneos dos pulmões, seja por inflamação, seja por coagulação, etc, também prejudicando a troca de gases e podendo até comprometer o coração. Uma dessas patologias é a hipertensão pulmonar. Algumas vezes o paciente pode ter mais de um desses problemas simultaneamente.

Existem dezenas de doenças pulmonares, a falta de diagnóstico precoce e de tratamento adequado para cada caso pode levar a graves complicações e à morte. Uma simples gripe sem o devido cuidado pode evoluir, por exemplo, para uma inflamação nas pleuras, demandando um tratamento mais complexo. Conheça algumas das mais graves doenças que atingem o pulmão e saiba como preveni-las.

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

A DPOC leva 3,2 milhões de pessoas a óbito a cada ano e deve se tornar a 3ª enfermidade mais letal do mundo até 2030, segundo a Organização Mundial da Saúde. Está associada a outras duas doenças, bronquite crônica e enfisema pulmonar, e a sua causa está diretamente ligada ao tabagismo.

Os sintomas comuns são tosse crônica com muco, sensação de aperto no peito, infecção respiratória frequente, além de falta de ar ou cansaço. As únicas formas de prevenção são cessar o consumo de tabaco e usar equipamentos de proteção respiratória, no caso de profissionais com exposição ocupacional a vapores químicos e poeira. Esses dois grupos de risco devem fazer um acompanhamento médico periódico.

Câncer de pulmão

O câncer de pulmão pode afetar qualquer estrutura das vias aéreas inferiores. É hoje o tumor maligno mais comum e o que mais mata no mundo. Ele pode se manifestar de forma semelhante a vários outros problemas, como tosse, falta de ar, chiado, expectoração de sangue, dor torácica, perda de peso e apetite. Em fase inicial, pode não apresentar sintomas.

A prevenção passa pela atenção aos fatores de risco, evitando tabagismo ou fumo passivo, inalação de agentes químicos, inalação de poeira e poluição do ar. Doenças como tuberculose e DPOC, assim como condições genéticas, também podem predispor o paciente a uma neoplasia maligna.

Pneumonia

É uma das principais doenças inflamatórias do trato respiratório inferior que provoca 3,46 milhões de mortes por ano. Trata-se de uma infecção nos pulmões que pode ser desencadeada por vírus, bactérias, inalação de substâncias agressivas, como a fumaça, ou por fungos. Os sintomas são febre alta, tosse seca ou com muco, dor no peito ou tórax, prostração, náuseas e vômito.

Alguns aspectos podem elevar o risco de contrair pneumonia, como fumo, consumo de álcool, exposição excessiva ao ar-condicionado e resfriados mal curados.

A limpeza das mãos ajuda a prevenir a pneumonia. O consumo do cigarro torna os pulmões mais vulneráveis a infecções. Em crianças e idosos, vacinas contra a gripe, a HIB (Haemophilus influenzae tipo B) e a pneumocócica ajudam a evitar alguns tipos da doença.

Embolia pulmonar

Também chamada de tromboembolismo pulmonar, essa doença ocorre quando uma artéria que irriga o pulmão fica entupida por coágulo sanguíneo, gordura, tumor ou ar. Esse é um quadro considerado grave, que leva à morte 1 milhão de pessoas por ano, e está caracterizado por falta de ar, dor no peito, tosse constante, aumento da frequência cardíaca, tonturas, suor excessivo e pele pálida.

Normalmente o coágulo se forma nas pernas, provocando dor ou inchaço, e se desprende do local de origem para se alojar na artéria pulmonar. Os fatores de risco são ficar muito tempo sem movimentar os membros inferiores, especialmente em viagens longas, obesidade, uso de anticoncepcional oral, tabagismo, doenças ligadas à coagulação do sangue e gravidez ou pós-parto. A prática de atividades físicas ajuda a manter a boa circulação sanguínea, evitando a formação de coágulos que podem provocar essa doença pulmonar.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho como cirurgiões torácicos em Belo Horizonte!

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