Uma fístula brônquica é um canal anormal que se origina entre os brônquios e a cavidade pleural.
Essa condição é considerada como uma complicação, tendo sua origem quase sempre relacionada com a realização de uma cirurgia de câncer. Mas há outras causas para ela, que podem ser uma infecção e tratamentos com radiação e quimioterapia.
O tratamento para a fístula brônquica consiste em sua reparação. Entre os métodos disponíveis atualmente temos a cirurgia torácica aberta, por video ou broncoscopia.
A fistula brônquica é uma condição grave?
Como já observamos, a principal característica desse problema é uma passagem anormal que surge entre as vias aéreas dos pulmões, os brônquios, e a cavidade pleural.
Ressaltando que esse tipo de fístula nem sempre provoca sintomas. No caso das pessoas assintomáticas, o diagnóstico costuma ser feito depois de uma análise de imagem evidenciar a presença de um vazamento de ar persistente.
Quando uma anormalidade como essa se desenvolve, o ar inspirado pela pessoa pode ser direcionado por meio do canal/fístula e entrar na região pleural.
Outro fator que se soma a vários outros para tornar essa condição um tanto preocupante é que, quando o sintomas estão presentes, eles podem ser deixados de lado, pois são aspectos que, normalmente, se espera depois de uma infecção pulmonar e cirurgia — falta de ar, tosse com sangue e produção de um líquido espumante rosado, parecido com pus.
Por fim, há de se considerar que a fístula brônquica pós-cirurgia de pneumonectomia é uma condição com altas taxas de mortalidade.
Dependendo do estudo e dos fatores analisados, esse problema nos pulmões pode ser responsável por taxas de mortalidade que oscilam entre 10% e 30%.
Mesmo considerando todos avanços na área da medicina e em aspectos técnicos, a fístula brônquica ainda é tida como um desafio para o cirurgião especialista.
Fatores de risco
Há uma série de fatores de risco clínicos já estudados e relacionados à fístula brônquica após a operação. O diabetes mellitus, assim como uma doença pulmonar obstrutiva crônica, radiação, quimioterapia, síndrome do desconforto respiratório e idade superior a 70 anos são pontos que integram essa lista.
Um ponto interessante é que, até o presente, a medicina ainda não conseguiu esclarecer por completo os motivos que levam as fístulas pós-cirurgia de pneumonectomia a serem mais recorrentes no pulmão direito do que no esquerdo.
O diagnóstico tardio desse problema também indica que o tratamento será mais longo. Normalmente, após uma drenagem inicial, será preciso adiar o tratamento definitivo até que seja possível tratar e controlar a infecção. Além disso, o estado nutricional do paciente precisa ser considerado para que uma cirurgia possa ou não ser realizada no momento.
A fístula brônquica é a complicação mais séria após a realização de uma ressecção pulmonar. Como apontamos, ela pode depender de uma série de fatores, mas também é preciso ter em mente que na cirurgia torácica moderna, a incidência dessa condição tem diminuído de forma significativa devido a melhores técnicas na avaliação pré-operatória, assim como a evolução nos métodos cirúrgicos.
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