A lavagem pulmonar não é uma técnica nova, na verdade, tem sido usada e aperfeiçoada desde os anos 1960. O principal objetivo é permitir que seja feita a remoção de determinados tipos de materiais dos brônquios — especialmente material proteináceo — em paciente diagnosticados com proteinose alveolar.
Como resultado, a expectativa é de que o doente tenha uma relativa melhora clínica e funcional. No começo de sua utilização, era feita com anestesia local, sendo trabalhado apenas um segmento do pulmão de cada vez. Hoje, o paciente recebe uma anestesia geral e a lavagem pode ser feita nos dois pulmões.
Neste artigo, trazemos mais informações sobre esse procedimento. Continue a leitura e saiba mais!
Recomendação médica
Como apontamos, a lavagem pulmonar é indicada para o tratamento de proteinose alveolar (PAP). Essa patologia foi conhecida e descrita pela medicina em 1958.
Trata-se de uma condição clínica rara, tendo como principal agente causador a acumulação de compostos lipoproteicos, ocasionando a chamada proteinose alveolar.
Essa complicação, curiosamente, acontece na maior parte dos casos com mulheres e homens, em perfeito estado de saúde. As ocorrências são mais frequentes nas pessoas com idade entre 20 e 60 anos.
Em determinados casos, a PAP surge após o paciente ter sido exposto a alguns tipos de poeiras inorgânicas, como o titânio, alumínio e sílica. Mas são raras essas situações.
Pacientes que apresentam infecção crônica causada por
Pneumocystis carinii e/ou sofrem com imunossupressão, doenças mieloproliferativas e alguns tipos de malignidades hematológicas também estão propensos a desenvolver um quadro de PAP.
É interessante observar que a medicina ainda não conseguiu descobrir a real causa da doença que leva à lavagem pulmonar. Entretanto, fatores genéticos são apontados como os principais suspeitos. Outros estudos apontam para a possibilidade de relação com um anticorpo em específico que pode provocar a desestruturação do funcionamento pulmonar, mas tudo ainda é muito prematuro.
Um fator que vale a pena ser mencionado, é que ela raramente acomete recém-nascidos.
Cabe observar que os sinais clínicos da PAP variam enormemente. A condição pode evoluir, se estabilizar e até se curar por conta própria. Pacientes fumantes costumam produzir uma quantidade maior de escarro, mas ele não tem utilidade clínica. A presença de febre persistente é algo raro, a não ser que o paciente tenha desenvolvido um quando de infecção secundária.
Terapêutica da lavagem pulmonar
As recomendações clínicas da lavagem pulmonar envolvem aliviar os sintomas apresentados pelo pacientes, a exemplo da dispneia com afetação da função pulmonar e tosse persistente.
Esse procedimento ajuda na prevenção de infecções e, conforme o quadro do paciente, poderá contribuir para evitar a evolução da fibrose pulmonar.
Nos pacientes que precisam passar por uma lavagem pulmonar, as principais complicações percebidas estão relacionadas com microbactéricas, tuberculose e nocardia.
Processo de realização
O procedimento para a lavagem pulmonar não é algo complicado de ser entendido. A lavagem deve ser repetida com a substância fisiológica até que ela saia completamente límpida do pulmão.
Em boa parte dos casos, esse resultado é obtido após 20 a 40 litros. Caso o paciente apresente algum tipo de instabilidade hemodinâmica, inundação do pulmão ou saturação periférica, o médico responsável pelo tratamento pode interrompê-lo.
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