À primeira vista, o termo “nódulo no pulmão” assusta bastante. Não é para menos. O pulmão é um órgão vital para a nossa sobrevivência, responsável por receber o oxigênio que será utilizado por todo o organismo. Assim, qualquer problema que possa atrapalhar o seu funcionamento assusta.
No entanto, o diagnóstico de nódulo no pulmão nem sempre é um indicativo de câncer. Quer entender melhor sobre o assunto antes de tirar conclusões precipitadas? Continue a leitura!
O que é nódulo do pulmão?
Os nódulos pulmonares são um tipo de mancha branca e opaca que aparece no órgão e que tem até três centímetros de diâmetro. Normalmente surgem devido a alguma infecção, inflamação, cicatrizes de alguma doença no pulmão já curada ou até mesmo por contato com pessoas tuberculosas.
Apesar de possuir quase sempre a mesma aparência, esse nódulo pode significar diferentes coisas, como:
- Lesões benignas;
- Lesões malignas (câncer);
- Nódulos metastáticos;
- Nódulos indeterminados.
Assim, os nódulos pulmonares podem ser malignos ou benignos, sendo que em 90% dos casos os resultados apontam nódulos benignos (ou seja, não cancerosos). No entanto, existem casos em que o nódulo no pulmão pode ser algo mais grave.
Quando o nódulo pulmonar indica malignidade?
Quando dizemos que um nódulo pulmonar é maligno, significa que a massa encontrada no órgão possui características de câncer. Ou seja, é um tumor que tem grande capacidade de multiplicação e de se espalhar para outras partes do organismo, causando grandes prejuízos à saúde do indivíduo, podendo, inclusive, ser fatal.
O principal indicativo de malignidade é o seu tamanho, que quando ultrapassa 30 mm não é um bom sinal. Outros aspectos importantes são a consistência do nódulo, a presença e os padrões de calcificações, presença de espículas, captação ao PET e, principalmente, crescimento ao longo do tempo.
Assim, em casos raros, a presença do nódulo indica câncer no pulmão ou em outras partes do corpo. Mas, felizmente, apenas 5% dos casos de nódulo no pulmão culminam em câncer.
Como é diferenciado o nódulo maligno do benigno?
Como dito anteriormente, a principal diferença entre os nódulos malignos e benignos é o seu tamanho. Em nódulos cujo tamanho e consistência não despertam suspeitas médicas, a malignidade é descartada. Nesses casos, em geral, não há necessidade de tratamento. Será recomendado apenas o acompanhamento regular da alteração para que sua evolução seja verificada.
Há indícios de câncer quando o nódulo é grande ou apresenta aumento de tamanho com o acompanhamento periódico. As margens irregulares ou espiculadas também são um indicativo preocupante. Exames de imagem anteriores podem auxiliar o especialista a avaliar se houve uma evolução. Outro exame de grande importância pode ser o PET, nele é utilizado um tipo diferente de contraste na tomografia que faz células malignas se destacarem.
Quando existe a suspeita de câncer, o médico (cirurgião do tórax) pode sugerir uma biópsia, que é a retirada de parte do tecido para análise. Essa biópsia pode ser feita por broncoscopia, por agulhamento guiado em tomografia ou por videotoracoscopia. Quando diagnosticado em fase de nódulo pulmonar, o câncer tem 70% de chances de cura por meio de cirurgia.
Assim, pessoas com risco elevado para o surgimento de câncer de pulmão devem realizar exames periódicos, principalmente aquelas entre os 50 e 80 anos de idade que fumam ou pararam de fumar há menos de 15 anos. Dentre outros os fatores de risco, estão histórico de câncer ou doença autoimune, exposição a substâncias como amianto, cloreto de vinila e radônio, idade avançada e antecedentes de câncer.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia torácica em Belo Horizonte!