O suor é um recurso que o nosso organismo utiliza, principalmente, para reduzir a temperatura corporal quando exposto ao calor, e que é controlado pelo sistema nervoso.
O suor excessivo sem um motivo aparente pode sinalizar um quadro de hiperidrose, que acontece por causas emocionais e genéticas (primária); em decorrência de alguma condição do indivíduo, como menopausa e alterações hormonais; ou doenças, como o diabetes e o hipertireoidismo (secundária).
Em alguns casos, há a indicação de cirurgia, que pode ser feita por meio de corte nos nervos que se comunicam com essas glândulas. Existe ainda um terceiro tipo da condição, chamada de hiperidrose compensatória ou reflexa, que é um efeito colateral desse procedimento cirúrgico, denominado simpatectomia torácica por videotoracoscopia.
A hiperidrose compensatória é a reincidência do excesso de sudorese e pode ocorrer em locais onde os sintomas não se manifestaram anteriormente. Ela é mais comum no tórax, no dorso, nas coxas, nas pernas, no abdome e na virilha. Apesar disso, normalmente a sudorese é menor que antes da cirurgia, que tem um bom índice de aprovação por parte dos pacientes. Os sintomas graves afetam apenas 5% das pessoas.
Tratamento da hiperidrose compensatória
Medicamentos orais podem ser utilizados, bem como o tratamento com toxina botulínica (botox), para bloqueio dos nervos responsáveis por estimular as glândulas sudoríparas.
Uma nova intervenção cirúrgica pode ser recomendada em alguns casos, após avaliação médica. As alternativas são a retirada dos clipes do nervo simpático ou a realização de uma nova simpatectomia no tórax ou no abdômen (atingindo outros níveis do nervo). O paciente deve aguardar pelo menos 6 meses da 1ª cirurgia para realizar um novo procedimento, pois os sintomas podem desaparecer nesse período.
Importante destacar que a hiperidrose pode estar associada a doenças (problemas cardíacos e pulmonares, diabetes e hipertireoidismo), e, caso o sintoma continue se manifestando, é preciso fazer uma nova investigação. Ao tratar as causas da doença, ela pode cessar naturalmente. Pessoas obesas devem manter o Índice de Massa Corporal (IMC) próximo a 25%, pois o excesso de peso pode aumentar o nível de suor.
Simpatectomia torácica videotoracoscópica
Apesar de ocasionar a hiperidrose compensatória, esse procedimento é realizado desde a década de 1920 e é um dos mais eficazes para esse tipo de problema. Na década de 1990, a cirurgia tornou-se ainda mais precisa, com a técnica menos invasiva (videotoracoscopia), por meio de incisões menores, e, consequentemente, com a alta hospitalar precoce e a recuperação mais rápida. É recomendada para casos de hiperidrose nas mãos e axilas e no tratamento de hiperidrose primária grave, quando os pacientes já tentaram outros métodos terapêuticos sem sucesso.
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