A pleura é a membrana serosa que reveste a parede interna do tórax e envolve os pulmões, protegendo do atrito contra a parede torácica.
Formada por duas camadas, a visceral e a parietal, separadas por um fluido seroso que desempenha o papel de lubrificante.
O folheto parietal é a camada externa das cavidades pleurais e está em contato com a parede torácica, o mediastino e o diafragma.
Quer entender melhor? Confira neste artigo!
O que é a pleura?
A pleura é uma espécie de revestimento dos pulmões. Composta por uma camada de células, chamadas mesoteliais, possui duas camadas: uma que reveste o interior da parede torácica e uma, dita visceral, em continuidade direta com o pulmão e cobrindo-o.
Entre essas duas camadas, as quais denominamos lâminas, existe um espaço virtual, a cavidade pleural, lubrificada por uma fina película líquida. Essa então tem como função, dentre outras coisas, reduzir as forças de atrito entre o pulmão e a parede a cada movimento respiratório.
Além desse papel essencial de envelope mecânico, também é um local de troca de líquido e células com o parênquima pulmonar (tecido). Quando está com alguma anomalia ou inflamação, seus ataques podem induzir fortes dores no peito.
Pneumotórax: ar na cavidade da pleura
Um grande número de doenças da pleura tem como característica a presença de ar ou líquido entre os dois folhetos, de um lado ou dos dois lados.
Nesse caso, fala-se em pneumotórax na presença de ar. Essa situação pode ocorrer durante um trauma torácico ou após uma punção do espaço pleural ou do pulmão durante um procedimento médico. Frequentemente, o pneumotórax ocorre sem motivo aparente também. É, então, denominado pneumotórax espontâneo.
Mais comum em jovens, altos, magros e fumantes, manifesta-se em dores no peito e falta de ar. A evolução costuma ser espontaneamente favorável. No entanto, quando o pneumotórax é grave, é necessário evacuar o ar com agulha ou dreno.
O risco de recorrência não é zero e às vezes é necessária uma cirurgia para “colar” definitivamente as duas lâminas uma contra a outra.
Derrame pleural
Em outras doenças, o espaço pleural é o local de uma quantidade anormalmente abundante de líquido. Nesse caso, fala-se em derrame pleural e, em certas circunstâncias, de pleurisia.
As causas são diversas e, muitas vezes, o médico deve realizar uma punção nesse líquido para analisá-lo e esclarecer seu diagnóstico, ou mesmo evacuá-lo para facilitar a respiração.
Assim, essas punções pleurais são feitas através da parede torácica, geralmente nas costas. São efusões frequentes em muitas doenças, como insuficiência cardíaca, lesões cancerígenas, embolia pulmonar ou infecções.
Este último, frequente e grave em pacientes frágeis ou idosos, costuma complicar o quadro. Às vezes, o líquido é pus, o que é chamado de pleurisia purulenta.
Além disso, o tratamento deve ser precoce e os médicos, além da instalação de antibióticos, devem evacuar esse líquido infectado por punção, dreno ou cirurgia.
Cânceres e metástases
As lesões cancerosas pleurais podem ser causadas por cânceres de outros órgãos, em particular do pulmão, com metástases pleurais.
O mesotelioma é frequentemente causado pela exposição anterior (mais frequentemente ocupacional) ao amianto, que foi amplamente utilizado no setor industrial. Partículas de amianto inaladas migram para a pleura.
Esse câncer pode ocorrer até 40 anos após a exposição ao amianto. Às vezes, nenhuma exposição é encontrada, sugerindo outros fatores de risco.
Finalmente, outras anormalidades pleurais secundárias ao amianto, como espessamentos chamados placas, são benignas.
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