A traqueostomia é uma técnica médica, podendo ser feita de forma permanente ou temporária, que trata de criar uma pequena abertura no pescoço do paciente para a colocação de um tubo em sua traqueia.
A inserção do tubo ocorre via um corte feito no pescoço, pouco abaixo das cordas vocais. O objetivo do procedimento é permitir que o ar entre nos pulmões da pessoa, sendo que a respiração acontece por meio desse tubo, dispensando o uso do nariz, boca e garganta.
Em que situações a traqueostomia é realizada?
Há vários motivos por trás de uma traqueostomia, todas acabam envolvendo as vias aéreas restritas.
Por exemplo, a técnica pode ser feita em uma situação de emergência, quando o indivíduo está com suas vias áreas bloqueadas. Também pode ser realizada em caso de doença ou alguma outra condição que impeça que a respiração possa ser feita normalmente.
Dentre as principais condições que pode exigir a traqueostomia temos:
- Vias aéreas lesionadas e queimadas por inalação de material corrosivo;
- Defeitos congênitos das vias aéreas;
- Anafilaxia;
- Câncer no pescoço;
- Doença pulmonar crônica;
- Coma;
- Disfunção do diafragma;
- Queimaduras faciais;
- Cirurgias;
- Infecções;
- Lesões na laringe;
- Quando o paciente precisa de suporte respiratório ou ventilatório por tempo prolongado;
- Apnéia obstrutiva do sono;
- Tumores;
- Ferimentos graves na boca ou no pescoço;
- Paralisia dos músculos que auxiliam na deglutição, entre outros.
Como é a preparação para a traqueostomia?
Quando a traqueostomia é planejada, o médico especialista é quem recomendará o melhor tipo de preparação. Isso pode envolver até mesmo um jejum iniciado 12 horas antes da realização do procedimento.
No caso de ser uma traqueostomia de emergência não há tempo para preparação, afinal, o objetivo aqui é imediato e visa salvar a vida da pessoa.
Como é feita a traqueostomia?
Nos casos planejados, geralmente, os pacientes recebem uma anestesia geral. Isso quer dizer que a pessoa vai adormecer e passará por todo o procedimento sem sentir nenhuma dor.
Quando é um caso de emergência a anestesia, normalmente, é local. Ainda assim, o cirurgião apenas inicia o processo após ter certeza de que a região está completamente anestesiada.
O corte é feito no pescoço, pouco abaixo da região onde está situado o pomo de adão. O corte passa pelos anéis cartilaginosos da parede externa da traqueia. As dimensões do orifício devem ser o suficiente para caber o tubo em seu interior.
Após inserir o tubo, ele é conectado a um ventilador, se for o caso de o paciente precisar de uma máquina para respirar.
A faixa que segura o tubo no pescoço do paciente tem uma dupla função: ajuda a mantê-lo no lugar enquanto a pele ao redor avança em seu processo de cicatrização.
Existem riscos?
Sim. A traqueostomia não difere de outros tipos de cirurgia quanto a questão dos riscos. Lesões e possíveis complicações podem ocorrer. Além disso, vale lembrar que o processo de cura, bem como a estrutura tecidual é diferente de uma pessoa para outra.
Por isso, apenas o médico é quem pode avaliar e esclarecer melhor a situação sobre as garantias de resultados e possíveis complicações.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia torácica em Belo Horizonte!