Quando a pessoa possui uma depressão no centro do peito, mais exatamente no osso do esterno, ela apresenta um quadro de pectus excavatum. Esse é o nome científico para peito escavado ou ainda peito de sapateiro, como é popularmente conhecido.
Essa condição atinge uma a cada 700 pessoas, principalmente homens. Apesar de não causar nenhum tipo de risco para a saúde, o distúrbio, muitas vezes, causa desconforto estético, trazendo até mesmo problemas psicológicos, sobretudo entre crianças e adolescentes.
Origens do peito escavado
O distúrbio geralmente aparece quando a família já registrou casos anteriormente. O peito fica desta forma porque ocorre um crescimento exagerado das cartilagens que ligam as costelas ao esterno, afundando este osso.
A malformação pode ser diagnosticada no nascimento, mas normalmente ela se desenvolve durante a adolescência, que também é a fase ideal para ser realizado o tratamento, pois o paciente já passou pela fase de crescimento dos ossos.
Antes disso, caso seja feita alguma intervenção, o problema pode aparecer novamente, já que o corpo da criança ainda passará por mudanças.
Tratamento cirúrgico para peito escavado
A intervenção cirúrgica consiste em um dos tratamentos mais efetivos para o peito escavado. Por meio dela, o osso é recolado no local correto e a má formação desaparece. Os resultados são bem satisfatórios e tem ajudado a recuperar a autoestima de muitos pacientes.
O especialista em cirurgia torácica irá avaliar o paciente e indicar a melhor maneira de realizar o procedimento. Nesta avaliação, são considerados fatores com idade e a gravidade do quadro.
Existem dois tipos de procedimentos utilizados para solucionar o distúrbio: a cirurgia aberta ou a cirurgia menos invasiva.
Em casos mais graves e assimétricos (quando um lado e diferente do outro), a recomendação é a cirurgia aberta, que também é chamada de Ravitch. Neste procedimento, que se estende por cerca de quatro horas, o cirurgião faz um corte horizontal no peito e consegue, assim, remover as cartilagens que ligam as costelas ao esterno, ação que possibilita a volta do peito ao local correto.
Os casos mais leves e simétricos (afundamento igual dos dois lados do tórax) podem ser resolvidos pela cirurgia menos invasiva, que recebe o nome de cirurgia de Nuss. Com duração média de duas horas, esta técnica exige apenas dois cortes pequenos embaixo da axila onde são inseridas uma barra de metal entre os cortes e, em seguida, utilizando esta barra, o cirurgião empurra o esterno até o local correto.
Cuidados pós-operatório
A cirurgia pode causar dores, apesar da aplicação de anestesia. Por esse motivo, a recomendação é que o paciente passe alguns dias internados para que a equipe médica possa acompanhá-lo de perto e manter a dor sob controle.
Após deixar o hospital, o paciente precisa consultar o profissional de saúde com frequência para avaliar o resultado da cirurgia e o processo de recuperação.
É importante considerar que será preciso adaptar a rotina após a realização do procedimento. A recuperação completa do paciente pode levar alguns meses. Depois de um período, a pessoa segue a vida normalmente, deixando para trás o problema de peito escavado.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia torácica em Belo Horizonte!