A pneumonectomia é uma cirurgia complexa e de grande porte, que consiste na retirada de um pulmão. Embora não seja a primeira alternativa dos médicos, ela costuma ser necessária em casos de câncer pulmonar em que o tumor é muito grande ou está localizado no meio do órgão.
O procedimento cirúrgico pode ser realizado por meio de toracotomia, isto é, uma incisão de aproximadamente 15 cm no tórax ou, de forma mais moderna e menos invasiva, por videotoracoscopia ou cirurgia robótica. Essas duas últimas opções dispensam grandes cortes e o afastamento das costelas. As incisões são pequenas, o que reduz o tempo de internação, acelera a recuperação e reduz os riscos de complicações pós-operatórias.
Continue a leitura do artigo e confira informações importantes acerca desse procedimento. Boa leitura!
O que é pneumonectomia?
Como já mencionamos, a pneumectomia é a remoção cirúrgica de um pulmão. Geralmente esse tipo de cirurgia é realizado como parte do tratamento para câncer no órgão, mas, como essa operação diminui em 50% a capacidade de respiração do indivíduo, os médicos optam, quando possível, pela forma menos extrema de cirurgia, a fim de evitar maiores comprometimentos respiratórios.
Existe a pneumectomia tradicional, quando se retira somente o pulmão adoecido e a pneumectomia extrapleural, quando o pulmão doente é removido juntamente com parte do diafragma, uma porção da membrana que recobre o coração (pericárdio), além da membrana responsável por revestir o órgão e a cavidade torácica (pleura).
Quando a pneumectomia é indicada?
A pneumonectomia é a melhor alternativa terapêutica quando o tumor maligno se localiza na parte central do pulmão ou quando a massa tumoral abrange um percentual significativo das veias pulmonares ou dos brônquios. A operação também pode ser útil para tratar casos em que o paciente foi gravemente ferido na região do tórax.
A pneumectomia tradicional é a opção mais frequente na maioria dos casos de neoplasia pulmonar com demanda cirúrgica, já a pneumectomia extrapleural é recomendada para casos específicos, como o câncer da pleura, o mesotelioma maligno.
Antes de fazer uma pneumectomia, o cirurgião deve confirmar se o pulmão que restará está saudável para assumir a capacidade integral da respiração. Além disso, o médico deve se certificar de que as funções cardíacas estão trabalhando adequadamente e se o coração é suficientemente forte para resistir à operação.
Para confirmar a indicação cirúrgica e aumentar a segurança do procedimento, são realizados exames detalhados, como PET-CT dedicado oncológico, cintilografia óssea, tomografia computadorizada do tórax e do abdômen e até mesmo a ressonância do encéfalo para checar se o câncer se disseminou para além dos pulmões.
Como em qualquer operação, de grande ou pequeno porte, há riscos. Entre as possibilidades de complicações estão pneumonia, infecção da ferida cirúrgica, acúmulo de líquido nos pulmões ou pus na cavidade pleural, dificuldades respiratórias, insuficiência renal e problemas cardíacos.
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