A pneumonia necrotizante, ou necrosante, (PN) é uma condição rara e grave da pneumonia adquirida na comunidade (PAC), patologia que se desenvolve em indivíduos com pouco ou nenhum contato com instituições ou ambientes médicos. Essa variação caracteriza-se pelo aparecimento de focos de necrose e liquefação em áreas de consolidação no parênquima pulmonar.
Neste post, vamos saber mais sobre a pneumonia necrotizante, causas, sintomas e tratamentos.
O que é a pneumonia necrotizante?
É uma variação rara da pneumonia bacteriana, que acomete pessoas que não costumam ter tratamento médico. Entre as bactérias causadoras dessa patologia, as principais são o Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Nocardia, Klebsiella pneumoniae e o Streptococcus pneumoniae — esta última é a mais comum.
Outros termos utilizados para a pneumonia necrosante são gangrena pulmonar e abscesso pulmonar, principalmente quando todo um segmento ou lobo do parênquima (tecido com a principal função do órgão) está desvitalizado.
Quais são os agravantes?
A gravidade da PN depende do tipo de bactéria causadora, da sua duração e do grau de inflamação. No entanto, ela também depende do estado do indivíduo. É mais frequente em homens e associada ao alcoolismo, tabagismo e idade avançada, mas também pode acontecer em crianças.
O álcool é o principal agravante da pneumonia bacteriana, que é a doença infecciosa mais associada com o abuso dessa substância. O vício aumenta a mortalidade pela patologia de três e sete vezes em homens e mulheres, respectivamente.
O desenvolvimento da PN é associado a falhas dos mecanismos de defesa pulmonar durante a pneumonia.
Quais são os sintomas?
A hipótese de PN ocorre quando a pneumonia apresenta evolução desfavorável. Quanto mais rápido vier o diagnóstico, mais otimizado será o tratamento. Consequentemente, há menos riscos para o indivíduo.
O diagnóstico é confirmado por tomografia computadorizada torácica.
Os sintomas mais comuns de uma pneumonia necrotizante são febre elevada, mal-estar, tosse produtiva (com muco) e falta de ar (hipoxemia). Doenças prévias como diabetes mellitus, doença pulmonar crônica (DPOC) e doença hepática podem agravar ainda mais os sintomas.
Quais os tratamentos?
Em crianças, a pneumonia necrotizante costuma ter bom prognóstico. Na maioria dos casos, é completamente resolvida apenas com tratamento clínico. Porém, um reduzido número pode precisar de procedimentos invasivos ou do tratamento cirúrgico, com ressecção (retirada parcial) do parênquima pulmonar.
Em adultos, é essencial administrar antibióticos, para tratamento de PAC. A dosagem deve ser regulada criteriosamente para controlar o foco de bactérias e, consequentemente, evitar novas complicações. A observação é feita com radiografias constantes. A determinação da necessidade de procedimentos cirúrgicos para auxiliar no tratamento será indicada pelo cirurgião torácico, por isso e imprescindível o acompanhamento do mesmo.
Em suma, a pneumonia necrotizante é uma variação rara e grave da pneumonia adquirida na comunidade. Mais comum entre pessoas que não têm acesso ao sistema público de saúde, a doença se caracteriza pela necrose e muco no principal tecido dos pulmões, levando à diminuição da parede do órgão.
Não havendo melhora na patologia e ocorrendo alguma das situações agravantes (diabetes, alcoolismo e tabagismo), deve-se procurar imediato atendimento médico. Quanto mais rápido for iniciado o tratamento com antibióticos, melhor vai ser a reação e recuperação do organismo.
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