O câncer de pulmão é um dos mais comuns entre os tumores malignos, atingindo desde a traqueia até a periferia do pulmão. É tido como uma das principais causas de mortes que poderiam ser evitadas, uma vez que 90% das pessoas que desenvolvem a doença, fumam ou fumaram em algum momento da sua vida.
Anualmente, há um aumento de aproximadamente 2% nos casos deste tumor maligno no pulmão em todo o mundo.
A identificação para o câncer de pulmão é realizada conforme o tipo de células acometidas, como os alvéolos ou os bronquíolos. Existem vários tipos deste tumor, e eles são divididos basicamente em dois grupos:
Tumor maligno de células pequenas: são mais raros e agressivos. Ele se propaga pelo sistema linfático, onde as células cancerígenas penetram nos vasos linfáticos e se desenvolvem nos gânglios linfáticos em volta dos brônquios e no mediastino, que é parte central da caixa torácica.
Ao afetarem os nódulos linfáticos, possivelmente essas células já se espalharam para outros órgãos do corpo.
Tumor maligno de células não-pequenas: são mais comuns, e possuem três subtipos: adenocarcinomas, carcinomas de células grandes e carcinomas de células escamosas.
Quando o pulmão é acometido pelo câncer?
O câncer de pulmão metastático é um tipo de neoplasia maligna que surge como uma metástase de outro tumor, como por exemplo, o de mama ou de bexiga.
Ele ocorre quando um tumor inicial, em outra parte do corpo, propaga suas células para a corrente sanguínea e essas chegam até o pulmão.
Os tumores comuns que se espalham pelos pulmões incluem:
- Bexiga;
- Mama;
- Cólon;
- Rim;
- Neuroblastoma;
- Próstata;
- Sarcoma;
- Tumor de Wilms.
Entretanto, vale ressaltar que qualquer tipo de tumor maligno tem o potencial de se espalhar pelos pulmões.
Como é feito o diagnóstico do câncer de pulmão?
Na maioria das vezes, diagnosticar prematuramente o carcinoma de pulmão não é uma tarefa fácil, uma vez que a doença somente apresenta sintomas quando já está em estágio avançado. Por esse motivo, apenas 20% dos casos são diagnosticados de forma precoce.
Outro fator que dificulta o diagnóstico é que não há sinais específicos da doença, visto que os sintomas são os mesmos apresentados por outras doenças respiratórias relacionadas ao fumo, como bronquite, pneumonia e enfisema pulmonar.
Por esse motivo, o diagnóstico busca avaliar o aspecto radiológico do tumor. Geralmente, é feito por tomografia ou radiografia de tórax, por ser a forma mais prática e direta.
A biópsia também se faz necessária para confirmar o diagnóstico, visto que imagens suspeitas podem indicar algo benigno, como uma infecção ou lesão, por exemplo.
Desta maneira, é feita a broncoscopia (endoscopia respiratória). Esse exame tem o poder de olhar no interior dos brônquios e assim realizar as biópsias das áreas suspeitas.
Em algumas situações, uma pequena amostra de tecidos lesionados é retirada para análise. Existe também a possibilidade da biópsia guiada por tomografia. Ela é utilizada em situações onde o tumor está mais próximo da caixa torácica.
Outros tipos de exames podem ser solicitados. São eles: cintilografia óssea, onde é injetado um líquido na veia que possibilita rastrear o esqueleto por meio de imagens.
A tomografia computadorizada, para detectar a extensão do câncer, e a ressonância magnética do cérebro, para atestar a possível existência de metástase.
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