O Câncer de Pulmão é o segundo tipo de câncer mais comum no Brasil, sendo um dos mais frequentes também em todo o mundo – e, infelizmente, o mais letal.
Como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, o pulmão é composto por células. Normalmente, estas células se dividem e se reproduzem de forma ordenada e controlada. Quando ocorre uma disfunção celular que altera esse processo, o organismo produz excesso de tecido, dando origem ao tumor.
Se o tumor for maligno, o seu crescimento não só comprime, mas também invade e destrói tecidos sadios à sua volta. Além disso, as células tumorais podem se desprender do tumor de origem e se espalhar por meio da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos para outras partes do corpo, dando origem a novos tumores (metástases).
Mesmo quando outros órgãos são afetados, as células cancerosas desses novos tumores têm as mesmas características das células do câncer de pulmão. O tratamento das metástases leva em conta a localização e o tipo de câncer que as originou, além de outros fatores que serão considerados pelo médico
Na maioria das vezes, o caso não apresenta nenhum sintoma nas fases iniciais, ou os sintomas podem ser confundidos com outras doenças como pneumonia, bronquite, enfisema pulmonar, entre outras.
Aguardar a presença de sintomas para fazer o diagnóstico leva à descoberta da doença em estágios mais avançados e, consequentemente, com menores chances de cura.
O rastreamento do Câncer de Pulmão é realizado para diagnosticar a doença em indivíduos assintomáticos, considerados de alto risco para desenvolver um tumor pulmonar.
As pessoas com as seguintes características são consideradas de alto risco para ter Câncer de Pulmão:
- Idade entre 50 e 80 anos;
- Fumante ativo;
- Ex-fumante que cessou há menos de 15 anos;
O tabagismo é o principal fator de risco para o Câncer de Pulmão, e parar de fumar pode reduzir de 80% a 90% o risco depois de 15 anos da interrupção.
O rastreamento do Câncer de Pulmão é feito através de uma Tomografia Computadorizada de Tórax com baixa dose de radiação (TCBD). O procedimento é rápido, não necessita de preparo e não utiliza contraste oral ou endovenoso. Ele pode ser solicitado pelo seu médico – converse sobre os benefícios e malefícios com ele.
Caso um nódulo pulmonar suspeito seja identificado, pode ser necessária uma avaliação multiprofissional para definir a melhor forma de prosseguir a investigação diagnóstica.
O tamanho, a densidade e o número de nódulos pulmonares são usados para decidir o intervalo para um segundo exame. Caso seja detectado algum nódulo pulmonar muito pequeno ou não seja detectado nenhuma alteração, a TCBD deve ser realizada anualmente.
Caso sejam detectados nódulos pulmonares maiores, o intervalo do segundo exame deve ser menor (6 meses ou 3 meses). Se não houver mudança dos nódulos entre os exames, o intervalo de tempo volta a ser anual.
Caso sejam detectados nódulos ou outras alterações com maior suspeita ou possibilidade de câncer, um procedimento de biópsia pode ser indicado.
Além disso, a TCBD é capaz de detectar outras alterações pulmonares e cardiovasculares relacionadas ao tabagismo.
Fazer exames periódicos, evitar o tabagismo e buscar sempre por profissionais corretos são essenciais para evitar o diagnóstico tardio.
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