Tabagismo ativo x Tabagismo passivo: entenda a diferença

Quando uma pessoa acende um cigarro, apenas uma parte da fumaça é efetivamente tragada por ela. O resto é lançada no ambiente, tanto por meio da ponta acesa do cigarro quanto pelos pulmões. E isso afeta quem está no ambiente e não fuma, podendo levar a uma série de doenças. É isso o que chamamos de tabagismo passivo.

Diferenças entre o tabagismo ativo e o tabagismo passivo

O fumante ativo é a pessoa que consume o tabaco, ou seja, aquela que traga a fumaça dos cigarros e demais produtos que levam nicotina em sua composição (tabagismo ativo). Já os fumantes passivos (tabagismo passivo) são as pessoas que estão próximas ao individuo que tem o hábito de fumar, mas não consomem o produto. Por exemplo, o garçom que trabalha em um bar e atende clientes fumantes, os colegas de trabalho de uma pessoa que fuma e a própria família do individuo. Ou seja, pessoas que convivem com ele no mesmo espaço em que se faz uso do tabaco.

Tabagismo passivo riscos para a saúde

Existem muitos estudos sobre os efeitos e prejuízos provocados pelo cigarro em pessoas fumantes e não fumantes. Com relação ao segundo grupo, pesquisas científicas demonstram que profissionais que precisam trabalhar em locais onde o cigarro é permitido, estão expostos a níveis de fumaça que seriam o equivalente a 4 ou 10 cigarros fumados por dia. Devido aos altos níveis e a exposição frequente, mesmo que não fumem, essas pessoas têm algo em torno dos 25 a 30% a mais de chances de terem algum tipo de doença cardíaca. Além disso, elas apresentam de 20 a 30% mais chances de desenvolverem câncer de pulmão, quando comparados a grupos de trabalhadores que atuam em locais livres do cigarro. A situação envolvendo o cigarro é tão complexa que levou a Organização Internacional do Trabalho a realizar uma série de análises sobre a questão. Em um dos estudos feitos, os dados apontaram que cerca de 200 mil trabalhadores morrem, todos os anos, em decorrência da exposição à fumaça do cigarro nos seus locais de trabalho. Os indivíduos que se enquadram na categoria de tabagistas passivos também são alvo dos efeitos imediatos causados pela fumaça do cigarro. Entre os incômodos mais comuns estão a irritação nos olhos, alergias nas vias respiratórias, dores de cabeça constante e tosse. Além disso, as crianças que respiram a fumaça do cigarro têm maiores de chances de desenvolverem problemas respiratórios, bem como estão mais vulneráveis a infecções pulmonares.

Principais doenças relacionadas ao cigarro

A lista de doenças associadas ao hábito de fumar é longa e isso evidencia o quanto o consumo do tabaco é algo sério e prejudicial. Veja, a seguir, as apenas algumas das principais doenças causadas pelo uso de cigarro:

• câncer de pulmão;
• câncer de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, intestino, bexiga e outros;
• enfisema pulmonar;
• úlceras gástricas;
• infarto e AVC;
• impotência sexual;
• problemas visuais;
• problemas de memória;
• doenças reumáticas;
• complicações na gravidez;

O fumante deve pensar seriamente na sua responsabilidade como causador de problemas de saúde nas pessoas que são fumantes passivas — além daqueles que causa a si mesmo. Afinal, ninguém deseja prejudicar a saúde dos entes queridos e amigos. O processo para parar de fumar não é fácil e, normalmente, é acompanhado por recaídas. Entretanto, o importante é não desistir. Atualmente, há uma série de recursos médicos, psicológicos e sociais, como os grupos de apoio, que ajudam a lidar com o tabagismo passivo e ativo, que apresentam resultados muito satisfatórios no processo de superação do vício. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do nosso trabalho em cirurgia torácica em Belo Horizonte!